Após nove meses de negociação  sem chegar a um consenso com as operadoras de planos de saúde, médicos do estado de São Paulo farão nesta quinta-feira uma interrupção do atendimento eletivo aos planos de saúde. Foram 34 reuniões, de acordo com a Associação Paulista de Medicina, em que os profissionais tentaram com que as operadoras aceitassem a pauta de reivindicações, sem sucesso. Segundo o movimento, a paralisação tem o objetivo de denunciar “abusos dos planos de saúde prejudiciais à prática da medicina e, portanto, aos pacientes”.

Serão paralisados os atendimentos dos planos a nível ambulatorial, segundo Florisval Meinão, coordenador da Comissão Nacional de Defesa e Consolidação da CBHPM (CNDC). “Serão interrompidos apenas os tratamentos e as cirurgias eletivas, o atendimento de urgência e emergência será absolutamente mantido”, afirmou ele.

Entre as reivindicações da APM, está o estabelecimento do honorário médico em R$ 80 por consulta; segundo a entidade, a remuneração atual varia de R$ 25 a R$ 60. “Um preço desses inviabiliza manter o consultório aberto”, afirmou Renato Azevedo Junior, presidente do Cremesp.

“Não tem reajuste anual, a gente chega a ficar 10 anos sem ter nenhum reajuste, e quando tem é muito abaixo dos índices inflacionários”, reclamou.

Outra reclamação dos profissionais é a respeito da interferência dos planos de saúde em procedimentos médicos, como não autorizar procedimentos, demora para autorizá-los ou cobranças indevidas de procedimentos já autorizados, exemplifica Azevedo Junior. “Tudo isso porque essas empresas visam o lucro, mas isso acarreta no prejuízo do paciente e, em segundo lugar, os médicos, que estão deixando de atender os planos”.

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