O objetivo da Agência Nacional de Saúde Suplementar é aumentar a adesão a tratamentos das doenças que mais atingem a população.

Os planos de saúde vão passar a oferecer aos usuários cobertura para remédios de uso domiciliar. O objetivo da Agência Nacional de Saúde Suplementar é aumentar a adesão a tratamentos das doenças que mais atingem a população.

Todos os meses, a dona de casa Lucimar de Araújo vai à central de medicamentos do governo para conseguir os remédios que a sogra dela toma para esclerose. Pela primeira vez, não encontrou. “Acho que é mais de mil reais, esse remédio. Onde que eu vou tirar o dinheiro?”, questiona.

Remédios gratuitos ou com subsídio também estão disponíveis no programa Farmácia Popular. Agora, uma resolução da Agência Nacional de Saúde Suplementar, publicada no mês passado, permite que planos de saúde ofereçam planos de medicamentos para uso domiciliar. Segundo a ANS, a operadora precisa cobrir, no mínimo, os remédios para diabetes, asma, doença pulmonar obstrutiva, hipertensão e insuficiências cardíaca e coronariana. E tem que oferecer 80% dos remédios disponíveis no mercado.

“As doenças mais frequentes na população, por isso que a ANS optou por deixar essas medicações com cobertura obrigatória, para que a gente conseguisse abranger o maior número de pessoas na população”, explica Martha Oliveira, gerente de regulação assistencial da ANS.

De acordo com a resolução, as operadoras de saúde não são obrigadas a oferecer o plano de medicamentos, mas caso ele seja oferecido e aceito pelo beneficiário, o serviço pode ser cobrado. Será assinado um contrato à parte, que pode ter até carência para o recebimento dos medicamentos.

O objetivo da ANS é incentivar o tratamento em casa. Por exemplo, de cada 100 brasileiros que sabem que têm hipertensão, 75 não fazem o tratamento corretamente.

A dona de casa Maria da Conceição tem pressão e colesterol altos. Para ela, o plano de medicamentos seria vantajoso.
“Acho válido, porque de todo jeito tem que comprar em farmácia, e geralmente é à vista”, diz ela.

Mas o Procon faz um alerta. “É importante o consumidor ter uma noção mínima de quanto ele gasta por mês com seus medicamentos. Por exemplo, 100 reais. Para que esse plano valha a pena, é importante que o consumidor tenha pelo menos um desconto de 30%, ou seja, esse plano tem que custar para ele 70 reais”, aponta Marcelo Barbosa, coordenador do Procon.

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