Além do reajuste nos honorários, os médicos reivindicam o fim da interferência das operadoras de planos de saúde na relação com o paciente.

São Paulo – Entidades médicas e odontológicas de São Paulo fizeram, na manhã de hoje (25), uma passeata, na região da Avenida Paulista, para reivindicar reajustes nos valores repassados pelos planos de saúde à categoria. O movimento faz parte do Dia Nacional de Advertência aos Planos de Saúde, com atividades programadas em todo o país. A manifestação ocupou duas faixas da avenida, deixando o trânsito lento por cerca de 30 minutos.

Em São Paulo, as consultas e os procedimentos eletivos não foram suspensos. “Optamos por não prejudicar, de nenhuma forma, o atendimento ao usuário. Somente as lideranças médicas estão participando do ato”, explicou Florisval Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina (APM).

Os médicos reclamam da falta de diálogo com as operadoras de saúde. “Tem planos que pagam R$ 12 por consulta. Estamos pedindo um reajuste que eleve o valor mínimo para R$ 70. Eles alegam que isso iria onerar o custeio do plano, mas somente cerca de 30% do valor pago pelo usuário é repassado aos médicos”, declarou Otelo Chivo, diretor-secretário do Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp).

Além do reajuste nos honorários, os médicos reivindicam o fim da interferência das operadoras de planos de saúde na relação com o paciente. “São enviadas planilhas aos médicos com os valores dos procedimentos passados por eles. Os que representam um gasto elevado para a operadora estão sendo descredenciados”, denuncia Chivo. Outra proposta trata da necessidade de estabelecer critérios para descredenciamento de médicos.

Ontem (24), em Brasília, entidades médicas fizeram uma manifestação e acenderam 600 velas em frente ao Congresso Nacional representando os mais de 600 mil usuários de planos de saúde da região metropolitana do Distrito Federal.

Fonte: Exame.com

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