Oito em dez usuários de São Paulo tiveram problemas nos últimos 2 anos.
Pronto-socorro e pronto-atendimento tiveram reclamação de 72%.

Quase oito em cada dez usuários de planos de saúde do estado de São Paulo tiveram problemas para usar o serviço nos últimos dois anos, diz uma pesquisa encomendada pela Associaçao Paulista de Medicina (APM) e divulgada nesta quarta-feira (15).

De acordo com o estudo, realizado pelo Datafolha, 77% dos moradores do estado enfrentaram problemas e, em média, os usuários tiveram 4,2 problemas no período. O levantamento, que ouviu 1,9 mil pessoas entre os dias 14 e 22 de maio deste ano, também apontou que a maior parte das reclamações é referente ao atendimento na emergência.

Dentre as pessoas que usaram o plano no período, 72% apontou ao menos alguma reclamação em pronto-socorros e pronto-atendimentos. O principal problema é o local de atendimento estar cheio, para 67% dos ouvidos. Em seguida, vem a demora no atendimento, com 51% das reclamações. Os entrevistados puderam indicar mais de uma dificuldade.

Para o presidente da APM, Florisval Meinão, os resultados da pesquisa são significativos e indicam que há subdimensionamento da rede. Ele considera que, dado o crescimento do número de beneficiários dos planos nos últimos anos, as operadoras deveriam ter se preparado mais, com base nas projeções de atendimento e estatísticas delas. “Se eu tenho 100 mil usuários, eu sei quantos vão ter infarto”, exemplifica.

A APM lançou hoje um número 0800 para esclarecer usuários de plano de saúde sobre os seus direitos e ajudar a encaminhar denúncias de problemas de atendimento.

Vendas suspensas

Em julho, a Agência Nacional de Saúde Complementar (ANS) suspendeu as vendas de 268 planos de saúde, administrados por 37 operadoras porque os planos teriam descumprido os prazos máximos de atendimento.

Os 268 que tiveram novas vendas proibidas tiveram reclamações reiteradas. Entre eles, há planos privados e corporativos.

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