Analistas acreditam que empresas terão impactos negativos nas margens bruta e Ebitd

A proibição da venda de vários planos de saúde vão ter reflexos nas duas companhias do setor com ações em bolsa, de acordo com analistas.  A suspensão das vendas foi decretada nesta terça-feira, (10),  pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). As informações são do jornal Valor Econômico.

De acordo com o analista da SLW, Cauê Pinheiro, as empresas vão correr para minimizar  os prejuízos e reativar as vendas. Ele acredita que deve ter  algum impacto negativo para as empresas, mas diz que elas vão tentar reverter a situação e quem sabe até entrar com algum recurso judicial para reverter isso.

Para o membro da equipe de análise do BB Investimentos, Mário Bernardes Júnior, a suspensão vai ter impacto na margem bruta e na margem Ebitda da empresa, com as ações sentindo isso em algum momento. E ressalta que a suspensão vai trazer um impacto de uma forma ou de outra, seja na restrição das vendas no primeiro momento ou com os custos que as mudanças exigidas pela ANS devem gerar, com a consequente queda nas margens.

No pregão desta quarta-feira, as ações da Amil fecharam em alta 1,9%, a R$ 21,40. Já as da Qualicorp perderam 1,91%, valendo R$ 16,60 no final da sessão. O Ibovespa caiu 0,25%, a 53.569 pontos.

O ministério e a ANS anunciaram que 37 operadoras de planos de saúde terão a venda de alguns planos suspensa por não cumprirem os prazos máximos de atendimento aos beneficiários. A venda dos planos está proibida por pelo menos três meses, contados a partir de sexta-feira (13).

Juntas, todas as operadoras afetadas prestam serviços a 3,5 milhões de pessoas, cerca de 7% do mercado brasileiro. Com a medida, 268 planos de saúde deixarão de ser vendidos.

A lista foi feita a partir das reclamações de clientes junto à ANS. A agência informou que o período de três meses é para que as operadoras adaptem os planos de saúde à Resolução Normativa 259, que estabelece obrigações para atendimentos de consultas, exames e cirurgia.

As operadoras Excelsior Med e ASL Assistência a Saúde tiveram, respectivamente, 13 e 6 planos suspensos, e com isso a controladora Amil deve ser prejudicada. Outra empresa que recebeu punição foi a Unimed Paulistana, com 35 planos suspensos.

Indiretamente, a Qualicorp deve ser prejudicada, uma vez que a corretora vende planos de saúde da Amil e da Unimed Paulistana.

Fonte: Saúde Web

 

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