Paciente tinha cisto em um dos ovários, mas teve órgão sadio retirado em cirurgia por erro de laboratório. Mulher ainda teve hérnia após 2º ato cirúrgico em Cuiabá.

Uma mulher deverá ser indenizada em R$ 30 mil por uma cooperativa de assistência médica e uma empresa de diagnóstico por imagem após ter um ovário sadio retirado durante cirurgia, por erro no resultado do exame feito em laboratório, em Cuiabá.

O médico-cirurgião também deverá pagar R$ 600 por dano material causado à paciente, que teve hérnia no abdômen após passar por duas cirurgias no mesmo local.

As empresas recorreram da sentença proferida pela 7ª Vara Cível da capital, mas os recursos foram negados, por unanimidade, pela Terceira Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

Em seu voto, o relator do processo, desembargador Carlos Alberto Alves da Rocha, diz que após análise das provas colhidas nos autos não resta dúvida de que houve erro médico.

“É fato incontroverso a ocorrência do alegado erro médico, tanto do médico que subscreveu o laudo que apontou que o cisto estaria localizado no ovário direito da apelada, quanto do profissional que realizou o ato cirúrgico”, afirmou o magistrado.

Erro médico
No processo, a mulher relatou que, ao fazer exames de rotina, foi constatado um cisto de aspecto “maligno” no ovário esquerdo e, segundo a indicação médica, era necessário procedimento cirúrgico.

A paciente afirmou que, ao fazer nova ultrassonografia às vésperas da cirurgia, na empresa de diagnóstico por imagem, o laudo assinado pelo médico apontou que o cisto estaria localizado no lado direito, sem qualquer alteração no ovário esquerdo. Com isso, a cirurgia foi realizada de acordo com o exame demonstrado pela empresa de diagnóstico.

“Apesar do procedimento cirúrgico ter sido realizado, continuava a sentir muitas dores, de modo que ao submeter a novos exames, para a sua surpresa, o laudo apontou que o cisto ainda estava no ovário esquerdo e com tamanho maior, sendo necessário realizar nova cirurgia, pois, foi retirado o órgão errado, que não possuía qualquer enfermidade”, alegou a paciente, no processo.

A mulher contou que após outra cirurgia apresentou várias complicações, desenvolvendo quadro de hérnia no abdômen, sendo submetida a mais uma cirurgia.

Fonte: G1 Globo

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