Segundo presidente da APM, 86% tiveram que recorrer ao SUS e a atendimento particular

Uma pesquisa inédita feita entre APM (Associação Paulista de Medicina), em parceria com o Crosp (Conselho Regional de Odontologia de São Paulo) e a Federação Nacional de Associações de Prestadores de Serviço de Fisioterapia, mostra que 77% dos pacientes tiveram procedimentos negados pelos planos de saúde. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (23).

De acordo com o presidente da APM Florisval Meinão, 86% dos pacientes tiveram que procurar o SUS (Sistema Único de Saúde) ou atendimento particular em decorrência dos obstáculos impostos pelos planos de saúde.

— Geralmente os pacientes que recorrem ao SUS são os casos mais graves. As empresas deveriam ressarcir os gastos, mas na prática isso não acontece.

Dos 5.000 profissionais entrevistados, 80% dos médicos afirmaram que já se descredenciaram ou pretendem se descredenciar das operadoras. Entre os fisioterapeutas o índice é de 87% e entre os dentistas 88%.

Péssima qualidade

De acordo com a pesquisa, que foi realizada entre os dias 3 e 14 de abril com cerca de 5.000 profissionais, 46% dos médicos, 62% dos fisioterapeutas e 69% dos dentistas avaliaram os planos de saúde como ruim/péssimo. No caso dos fisioterapeutas, nenhum profissional considerou a assistência na saúde suplementar como boa ou ótima.

O descontentamento se dá em virtude das pressões para reduzir solicitações de exames, dificuldades para receber pelos serviços prestados, restrição a procedimentos de alta complexidade, defasagem dos honorários e interferência nos prazos de internação, conforme explica o presidente.

— O sistema não cumpre seu papel. A saúde suplementar vive um momento crítico e os profissionais estão cada vez mais insatisfeitos.

Paralisação em todo o País

Os médicos que atendem por planos de saúde em todo o Brasil irão suspender o atendimento aos pacientes nesta quinta-feira (25). De acordo com o CFM (Conselho Federal de Medicina), neste dia haverá diversos protestos em todos os Estados.

A paralisação, no Dia Nacional de Alerta aos Planos de Saúde, tem como objetivo tornar pública a insatisfação da categoria com as interferências das empresas no exercício da medicina, reivindicar honorários justos e, especialmente, exigir condições adequadas para uma assistência de qualidade aos pacientes.

Ainda segundo o CFM, no dia da manifestação, os especialistas manterão apenas o atendimento de urgências e emergências. Já os pacientes prejudicados serão atendidos em nova data, que será informada pelo próprio profissional.

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